terça-feira, 28 de julho de 2009

Duque de Caxias, 23 de Junho de 2009.

Hoje foi discutido o texto “Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem”, onde a autora usou a teoria de Piaget para fundamentar sua pesquisa sobre leitura e escrita.
O texto aborda a dificuldade da criança ao tentar compreender as diferenças entre números e letras. Ela não consegue diferencia-las, pois ambas são formadas por bolinhas e pauzinhos. Não existe nenhuma explicação clara que a faça enxergar e compreender tal diferença.
Na página 11 do texto, no trecho “Repetidas vezes temos encontrado crianças que lêem seu nome completo em um texto onde efetivamente isso está escrito, mas que também pensam que seu nome completo está escrito em qualquer parte do texto.”, fica claro que a criança escreve seu nome e o lê, mesmo não reconhecendo nem sabendo escrever as letras corretas para essa leitura.
É muito interessante o momento em que a criança já começa a conseguir a associar as quantidades de letras com o nome a ser escrito, através da imagem que ela está visualizando. Neste período, ela já começa a ter noção do plural das palavras, ou seja, ele entende a noção da totalidade, que é representada através de cada letra que, por sua vez, representa cada figura disposta para ela. Mas é também nesta ocasião que a criança entra em conflito com a hipótese da quantidade mínima, pois ela já sabe que não se escreve uma palavra com uma única letra e sendo assim, ela acrescenta aleatoriamente, outras letras para “completar” a palavra.
Na página 12, a autora explica que o princípio da “quantidade mínima” pode se apresentar de uma maneira diferente, mas que é absolutamente normal, pois esse processo “ requer um esforço cognitivo considerável”.
A mesma dificuldade que a criança enfrenta ao começar a entender a totalidade e suas partes, ela tem quando tentam ler a escrita de uma outra pessoa. Isso porque as letras das palavras e as séries que elas apresentam são de um nível maior de dificuldade. E para tentar ultrapassar essa barreira, a criança começa a considerar os textos escritos de uma maneira diferente: “ela tem a idéia de que cada parte do nome escrito pode corresponder a uma parte de um nome falado.” (pág.15).
Em um outro momento, começa o “processo silábico”, onde a criança, para cada silaba da palavra, escreve uma letra, sem repeti-las ou omiti-las. Nesta fase, elas já estão lidando com a correspondência qualitativa e quantitativa.
Já nesta fase, as crianças têm noção de que com apenas uma letra não é possível tornar uma palavra legível como também, não se pode ler uma palavra com uma série de letras repetidas. O fato de ano se poder repetir a seqüência de letras para uma criança que tem um repertório de somente quatro ou cinco letras é complicado. Para superar esse problema, ela faz uma alternância de letras, conseguindo assim, diferentes resultados.
Bom, por hoje é só!
Até a próxima!

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